Psicologia da Aprendizagem Semana 05
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Psicologia da Aprendizagem Semana 05


17. A perspectiva histórico-cultural: fundamentos I
Nesta aula vimos o que é processo de desenvolvimento: princípios que orientam o  desenvolvimento dos seres humanos. As concepções de aprendizagem foram: Teorias que explicam o processo de aprendizagem e O desenvolvimento das funções psicológicas superiores: o surgimento e o desenvolvimento das capacidades que diferenciam os homens e mulheres dos demais seres vivos. No estudo da Psicologia Histórico-cultural, dois conceitos são importantes: a Filogênese e a Ontogênese. O processo de desenvolvimento/mudança de uma espécie é chamado Filogênese e o processo de desenvolvimento/mudança de um indivíduo é chamado de Ontogênese. Segundo a psicologia histórico-cultural é resultado da modificação da espécie e só é possível graças à apropriação da cultura.
As várias teorias relativas aos processos de aprendizagem são divididas em três concepções básicas: Inatistas, Empiristas e Interacionistas. As teorias Inatistas são aquelas que defendem que tudo o que o ser humano precisa para ser desenvolver já está dentro dele e é preciso somente as condições ideais para que ocorra este desenvolvimento. Nas teorias Empiristas são aquelas que acreditam que é o meio que fará com que a pessoa se desenvolva e adquira os conhecimentos. As teorias Interacionistas são aquelas que acreditam que o meio é importante, mas o indivíduo também é fundamental no processo de aprendizagem, enquanto o indivíduo vai interagindo com o meio, ele vai se modificando e modificando o meio. Para este caso, o indivíduo precisa ter um papel ativo e, por consequência, o meio precisa ter um papel estimulante. Quando o primeiro impulsiona o segundo e o segundo promove o primeiro. Esta Psicologia Histórico-Cultural foi desenvolvida por Lev Semenovich Vigotski (1896-1934) juntamente com seus colaboradores e continuadores Alexander Romanovich Luria ( 1902-1977) e Alexis Leontiev (1904-1979).


18. A perspectiva histórico-cultural: fundamentos II
Nesta aula foi visto as inter-relações entre o pensamento e linguagem. O papel da linguagem no desenvolvimento das funções psicológicas superiores e a interação entre o aprendizado e o desenvolvimento. Para a psicologia histórico-cultural, o desenvolvimento das funções psicológicas superiores acontecerá sempre através da mediação entre o estimulo e a resposta. Isto é o princípio entre pensamento e  linguagem.
O processo de aprendizagem interacionista (processo de apropriação do conhecimento) ocorre em meio ao contato cultural, os conhecimentos precisam estar disponíveis no meio cultural, para que uma pessoa possa interagir com o meio e apropriar-se deste conhecimento. Esse processo de internalização é inicialmente interpessoal, para depois tornar-se intrapsicológico. Esse conceito é importante para entender a linguagem que é o sistema mais evoluído de signos. A linguagem tem a função de intercambio social, pensamento generalizante e a possibilidade de atribuição de significados como um fenômeno do pensamento.
Na perspectiva da psicologia histórico-cultural o processo de desenvolvimento de raciocínio e melhoria do pensamento existe uma fase pré-linguística do pensamento, chamada de Inteligência Prática e é marcada sobretudo pela fase em que as crianças ainda não aprenderam a falar. Outra fase existente é a fase pré-intelectual da linguagem, também conhecida como Alívio Social onde não somos capazes de falar e pensar, onde operamos somente com a inteligência prática. Na medida em que interagimos com nosso grupo cultural, vamos aprimorando a linguagem e tornando o pensamento cada vez mais complexo, então, transformamos a linguagem e o pensamento em uma forma racional e verbal. Esse processo de desenvolvimento da linguagem e pensamento é importante pois vai determinar os processos fundamentais: o aprendizado e o desenvolvimento.


19. Contribuições da perspectiva histórico-cultural para a prática pedagógica I
Nesta aula foram explicados quais são os desafios da escola atual, a característica plural dos seus alunos, a teoria da atividade como inspiradora à prática pedagógica.
O aprendizado é transformação de algo que antes éramos incapazes de fazer ou saber, em algo que nos tornamos capazes para tal, mediante a apropriação da cultura. É o aprendizado que impulsiona o desenvolvimento do ser humano. A distância entre algo que eu já consigo fazer sozinho e algo que preciso fazer, com a ajuda de uma pessoa, é chamado de Zona de Desenvolvimento Proximal. Para a psicologia histórico-cultural, é neste ponto em que deve ser feita a intervenção pedagógica. Dentre as contribuições da perspectiva psicologia histórico-cultural para prática pedagógica está a pedagogia.
 A pedagogia é um processo intencional e organizado de mediação cultural, sendo realizado pelos professores, dentro do ambiente da Escola. A escola tem como função organizar os conhecimentos disponíveis e, através dos professores, disponibilizá-los de forma sistemática/sequencial para que os alunos possam aprender estes conhecimentos de forma a tornar-se sujeitos participantes na vida pública. Ou seja, na teoria histórico-cultural, o ensino tem o objetivo de potencializar a aprendizagem.
O Ensino Desenvolvimental realizado pela escola é dividido em dois ciclos. No primeiro deles, ocorre a formação de conceitos científicos e a incorporação de processos de pensamento. No segundo ciclo, ocorre a formação de pensamento e desenvolvimento de ações mentais mediante a solução de problemas. Nesta concepção, a atividade do aluno se assemelha a atividade de um cientista onde, diante de um problema, recorre aos conhecimentos científicos e através do pensamento teórico, busca soluções e estabelece novas teorias. O pensamento teórico é o método de ascensão do abstrato para o concreto, onde com base nas relações gerais se deduzem relações particulares.
Outra concepção da psicologia histórico-cultural é a tarefa de aprendizagem, que nada mais é do que as atividades realizadas pelos alunos. Se divide em três momentos: O primeiro momento é o da análise do material para descobrir uma relação geral; O segundo momento é o das deduções em busca de relações e conceitos e; O terceiro momento é o de domínio da construção do objeto por meio da análise e síntese.


20. Contribuições da perspectiva histórico-cultural para a prática pedagógica II
Continuação da explanação sobre o processo de ensino e aprendizagem na perspectiva histórico-cultural. Visto sobre a atividade orientadora de ensino, o erro e a avaliação a partir da teoria histórico-cultural.
A Tarefa de Aprendizagem na escola se transforma em uma Atividade de Aprendizagem, que é uma solução coletiva de um problema comum. Um conceito da Psicologia Histórico-cultural é a Atividade de Ensino que é caracterizada como a ação intencional do professor de transformar e promover a aprendizagem do aluno. A partir dos conceitos apresentados, foi elaborada uma proposta denominada Atividade Orientadora de Ensino. Esta aposta na mediação entre a atividade do professor e o objeto da aprendizagem, deve ser de aproximação ao aluno. Esta proposta é a combinação das Atividades de Ensino e a Atividade de Aprendizagem onde o professor tem a responsabilidade de eleger e estudar os conceitos que serão trabalhados com os alunos. Deve organizar e recriar estes conceitos, trabalhar na organização do grupo de estudantes para que seja preferencialmente heterogêneo, promover o trabalho deste grupo e refletir sobre a eficiência das ações e com base nesta reflexão. Com isso, o professor pode pensar na continuidade deste trabalho.



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